quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Para cinéfilos

Começou na passada sexta-feira mais uma edição do Fantasporto. Confesso que nos últimos anos não tenho ido, mas este ano fiz questão de estar presente logo no primeiro dia... e que excelente primeiro dia.

Depois de uma animada abertura, levada a cabo pelo Quarteto Ébano que interpretou temas de filmes famosos, e dos discursos inaugurais, passamos ao cinema, que, afinal foi o que nos levou ao Rivoli, com o grande auditório completamente cheio, como aliás é habitual no primeiro dia do certame.

Para começar, «O Jardim das Delícias da Química», de Jorge Sá. Uma curta que retrata a perda da inocência. Um tema forte e pesado, num filme belo em termos visuais, cujos cenários fazem lembrar aos mais atentos o mosteiro de Alcobaça.

Seguiu-se um dos filmes mais esperados deste Fantas. «El Laberinto del Fauno», de Guillermo del Toro, o segundo filme mais premiado dos óscares, que arrecadou as estatuetas douradas para «Melhor Direcção Artística», «Melhor Caracterização» e «Melhor Caracterização». Em ante-estreia no Porto, o filme, mistura a beleza e a magia do imaginário dos contos de fadas, com a depressão da Espanha pós-guerra civil. Lado a lado com a frieza de um capitão fascista que luta para exterminar os guerrilheiros da resistência, vive uma criança que acredita no mundo de fantasia. Ofélia vive dividida entre a dor de ver a mãe doente, um padrasto que a despreza e a curiosidade despertada por um labirinto onde vive um Fauno que lhe revela uma empolgante verdade: a filha de um alfaite morto na guerra é, na verdade, a princesa do mundo subterrâneo. Um filme que desperta sentimentos contraditórios, mas que parece ter convencido os espectadores do Fantas e que sem dúvida me convenceu a mim.

Depois, a grande surpresa da noite. A polémica já tinha sido um bom cartão de visita para «Suicídio Encomendado», de Artur Serra Araújo, mas o filme superou as expectativas. Fortemente marcado por um humor negro e cáustico, com uma história muito bem conseguida e excelentes interpretações, sobretudo de José Wallenstein. Uma visão surpreendente da vida, da morte, do amor e dos dramas do dia-a-dia, que nos levam a atitudes impensadas, por vezes, demasiado radicais. Definitivamente, a não perder!

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Que tipo de amante é?

Numa visita rápida pelo blog da Di, encontrei um teste para saber que tipo de amante somos. Embora seja muito pragmática e pouco dada a estas coisas, resolvi experimentar. Este foi o resultado:

Amante Liberal
Nasceu para viver rodeada de admiradores! A sua sexualidade está sempre presente e iminente! Como liberal, é ávida por novas experiências, que despertem sempre novas formas de sensualidade. Lençóis de cetim, fazer amor em elevadores, no cinema e nos locais mais imagináveis são ideias que a perseguem! É uma amante sensual e exigente que gosta de homens com sex-appeal, com corpos viris e conhecedores da arte de amar. O sexo é um jogo e você quer sempre ganhar!

Kê??? Ainda bem que não rejo a minha vida por estas coisas!

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Não há Motel Havay em Israel?

«A polícia israelita descobriu no passado domingo um casal a ter relações sexuais dentro de um veículo que estava a impedir a circulação numa importante auto-estrada de Israel.

Um porta-voz da polícia informou que «a condutora do veículo e o seu acompanhante resolveram expressar sua paixão sem levar o carro para a berma da estrada». O acto causou um congestionamento e obrigou os outros automobilistas a ter que desviar para passar pelo carro parado.


A condutora foi multada por interrupção do trânsito».

Agência Reuters

sábado, fevereiro 17, 2007

Isto é que é confiança

«Se Bush não der por terminada a guerra [no Iraque] antes do fim do mandato, faço-o eu quando estiver no seu lugar». Hillary Clinton (17/02/2007)

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

O Pior Português de Sempre foi encontrado

A eleição do «Pior Português de Sempre», apadrinhada pelo Eixo do Mal e pelo Inimigo Público chegou ao fim. Desde dia 5 de Fevereiro, altura em que começou a quarta e última fase de votação, foram contados 13086 votos na primeira pergunta e 11294 na segunda. O resultados foram os seguintes:

Na categoria "Quem mais contribuiu para a ruína / estado a que chegou o país?":

ANTÓNIO OLIVEIRA SALAZAR - 39.21% - 5132 votos

Em segundo lugar ficaram Mário Soares (com 37.83%, o que se traduz por uma diferença de 181 votos) e Pinto da Costa (com 25.05% ou seja, 2829 votos). Seguiram-se António Guterres (10,88%, 1425 votos), Durão Barroso (7,51%, 984 votos) e Aníbal Cavaco Silva (apenas com 4.53% ou seja, 594 votos) na primeira categoria.

Na categoria "Quem melhor representa o pior de ser português":

FÁTIMA FELGUEIRAS - 26.66% - 3011 votos

Na segunda categoria, os restantes classificados foram Valentim Loureiro (18.12%, 2046 votos), Alberto João Jardim (19.72%, 2227 votos) e Lili Caneças (com 10.46%, 1181 votos) na segunda.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Mais do que frango assado, estaladiço e com picante ;)

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

O defeito das mulheres

"Se uma memória restou das festinhas e reuniões de familiares da minha infância, foi a divisão sexual entre os convivas: mulheres de um lado, homens do outro.

Não sei se hoje isso ainda acontece. Sou anti-social ao ponto de não frequentar qualquer evento com mais de 4 pessoas, o que não me credencia a emitir juízos.

Mas era assim que a coisa acontecia naqueles tempos. Tive uma infância feliz: sempre fui considerado esquisito, estranho e solitário, o que me permitia ficar quieto a observar a paisagem.

Bem, depressa verifiquei que o apartheid sexual ia muito além das diferenças anatómicas. A fronteira era determinada pelos pontos de vista, atitude e prioridades.

Explico: no lado masculino imperava o embate das comparações e disputas.
"O meu carro é mais potente, a minha televisão é mais moderna, o meu salário é maior, a vista do meu apartamento é melhor, a minha equipe de futebol é mais forte, eu dou 3 por noite" e outras cascatas típicas da macheza latina.

Já no lado oposto, respirava-se outro ar. As opiniões eram quase sempre ligadas ao sentir. Falava-se de sentimentos,frustrações e recalques com uma falta de cerimónia que me deliciava.

Os maridos preferiam classificar aquele ti-ti-ti como mexerico. Discordo.

Destas reminiscências infantis veio a minha total e irrestrita paixão pelas mulheres. Constatem, é fácil.

Enquanto o homem vem ao mundo completamente cru, as mulheres já chegam com quase metade da lição estudada.

Qualquer menina de 2 ou 3 anos já tem preocupações de ordem prática. Ela brinca às casinhas e aprende a pôr um pouco de ordem nas coisas. Ela pede uma bonequinha a quem chama filha e da qual cuida, instintivamente, como qualquer mãe veterana. Ela fala em namoro mesmo sem ter uma ideia muito clara do que vem a ser isso. Noutras palavras, ela já nasce a saber. E o que não sabe, intui.

Já com os homens a historia é outra.
Você já viu um menino dessa idade a brincar aos directores?
Já ouviu falar de algum garoto fingindo ir ao banco pagar as contas?
Já presenciou um bando de meninos fingindo estar preocupados com a entrega da declaração do IRS?

Não, nunca viram e nem hão-de ver.
Porque o homem nasce, vive e morre uma existência infanto juvenil.
O que varia ao longo da vida é o preço dos brinquedos.
Aí reside a maior diferença.

O que para as meninas é treino para a vida, para os meninos é fantasia e competição.

Então a fuga acompanha-os o resto da vida, e não percebem quanto tempo eles perdem com seus medos. Falo sem o menor pudor. Sou assim. Todos os homens são assim.

Em relação ao relacionamento homem/mulher, sempre me considerei um privilegiado.
Sempre consegui ver a beleza física feminina mesmo onde, segundo os critérios estéticos vigentes, ela inexistia.

Porque todas as mulheres são lindas. Se não no todo, pelo menos em algum detalhe. É só saber olhar. Todas têm a sua graça. E embora contaminado pela irreversível herança genética que me faz idolatrar os ícones da futilidade, sempre me apaixonei perdidamente por todas as incautas que se aproximaram de mim. Incautas não por serem ingénuas, mas por acreditarem. Porque todas as mulheres acreditam firmemente na possibilidade do homem ideal.

E esse é o seu único defeito».


Texto de Sérgio Gonçalves, redator da Loducca, publicado no Jornal da agência (recebido por e-mail)

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Apaixonante...

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Sexed up!

terça-feira, fevereiro 06, 2007

For a lonely soul, i'm having such a nice time...

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

O castelo dos cinco fantasmas e dos melhores scones do mundo

Reza a lenda que foi no castelo de Malahide que Bram Stoker se inspirou para descrever a soturna moradia de Drácula. Nas torres moravam as irrequietas vampiras e quem não se recorda do assutador vestíbulo que mostrava, a quem quer que lá entrasse, que estava num local habitado pelo mal.

Na verdade, o castelo de Malahide não é assim tão assustador. Talvez por o ter vistado num dia em que o sol banhava a fachada de forma a tornar o edifício tão apelativo e acolhedor.

Reza outra lenda que o castelo de Malahide é habituado por cinco fantasmas, tendo a última aparição ocorrido em 1976, quando alguns bens da propriedade foram leiloados. O terrível espectro que assombrou os visitantes é talvez o fantasma mais simpático do mundo (logo a seguir ao Casper) - Puck, o fantasma de 1,20m, que tem uma portinha só para ele na sala de jantar.

Mas essa sala, conta uma história mais soturna. Na parede estão os quadros dos 14 Talbot que morreram na Battle of the Boyne e, segundo a história, todos eles se sentaram à volta da enorme mesa para tomar o último pequeno-almoço das suas vidas.

O último dos homens Talbot morreu em 1976, de forma inexplicável. A irmã, Rose, decidiu vender
a propriedade e foi viver para a Tasmânia... há quem diga que foi ela a responsável pela morte do irmão, mas isso já são as más-linguas portuguesas com excesso de imaginação... ou haverá um fundo de verdade?

Mas nem tudo são histórias soturnas em Malahide e garanto-vos que há outras bem saborosas, como os fantásticos scones disponíveis no café do castelo.

É um lugar mágico que vale a pena visitar, apenas vos aconselho a não trazerem pinhas com veneno de rato para casa, por mais bonitas que elas sejam.


(Fotos SM e CS)

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Teimosia ou uma enorme capacidade de resistência?



O hábito que o nosso primeiro-ministro tem de fazer jogging em quaisquer condições atmosféricas (aqui na China, com quatro graus negativos) é uma metáfora do Executivo que encabeça. Mesmo com metade do país em protestos e manifestações, continua a seguir o rumo que traçou.

Teimosia ou uma enorme capacidade de resistência? Eis a questão.

Cheers!!

Haverá algo melhor do que saborear uma Kilkenny geladinha num irish pub de Temple Bar, rodeada pelos amigos e a ouvir grandes músicas?

Garanto-vos que com 1/2 pint de uma boa cerveja irlandesa se esquece facilmente o frio agreste de Dublin, Baile Atha Cliath (em gaélico). O mais difícil é mesmo escolher o local onde saborear a cerveja, já que todos os bares que visitamos eram excelentes.

Dublin... tão pequena e ao mesmo tempo com tantos pontos de interesse. Nas ruas, na língua e na cultura coabitam vikings, celtas, normandos, que nos recebem de braços abertos, com música e boa disposição.

Fica este post como aperitivo... Com mais tempo conto o resto e publico mais fotos da minha curta, mas fantástica passagem pelas terras da mais soturna capital europeia, que inspirou os grandes mestres do terror, banhada pelo tétrico rio Liffley, onde foram encontradas as 600 cabeças de criminosos decapitados... grrrrr (me-do!)