Memórias na areia

Tudo começou em 2000 quando um amigo muito especial, que depois viria a ser ainda mais especial, me enviou pelo correio areia da Costa de Caparica. Era uma forma de me fazer sentir mais próxima de um local onde, na altura, não podia estar.
A minha mania de coleccionar areia voltou dois anos depois, quando trouxe a areia laranja do deserto do Sahara, para preservar as lembranças desse lugar mágico.
Dentro dos frasquinhos, há ainda memórias do Nordeste brasileiro numa areia branca muito fina.
Mais sólido, em forma de pedra, tenho ainda um pedaço do Grand Canyon, trazido por uma amiga que também aprecia as lembranças da natureza.
Hoje chegou a mais recente aquisição, preta, vulcânica... a areia mexicana de Boca del Cielo, lugar paradisíaco que ainda não tive o prazer de visitar. [Já sei que deu muito trabalho esta recolha, sobretudo depois das contingências estranhas que as viagens têm às vezes e, por isso, agradeço novamente, para não me chamarem ingrata].
Vou juntando pedacinhos do mundo em minha casa que me alimentam por instantes a fome de viagens e me levam para longe. Recordo, com saudade, as areias mágicas que pisei e anseio visitar as que ainda não conheço.
Em Janeiro, a minha busca pela areia do tempo e do espaço segue para Dublin.
Bon Voyage